Com o avanço constante da tecnologia, diversas novas técnicas surgem a cada momento, recentemente uma nova ideia foi testada por profissionais dermatológicos através de perfusões cutâneas para tratar lesões na pele, se trata da microinfusão de medicamentos na pele através das máquinas de tatuagem Cheyenne.
Hoje um dos principais desafios para tratar contusões na pele se dá pela eficiência da epiderme em repelir organismos estranhos para proteger o corpo, o que faz com que tratamentos tópicos normais demorem mais para serem absorvidos pela pele de maneira uniforme, tornando o tratamento com microinfusão mais eficiente.
Apesar da infiltração intralesional em queloides e outras lesões, ser um tratamento eficiente, apresenta ainda algumas dificuldades, tendo essa questão em tópico, em 1991 surgiu o termo biopuntura, que se trata de injeção terapêutica de substâncias através de agulhas em locais específicos da pele, que foi testada seguindo mesmo princípio, porém utilizando bleomicina, um tipo de remédio utilizado para tratar verrugas e cicatrizes hipertróficas e apresentou resultados extremamente promissores, comprovando ser ainda mais eficiente que o método tradicional.
Com o avanço dos anos e aprimoramento da técnica, surgiu então o termo tattoing para se referir ao procedimento de microinfusão de bleomicina em cicatrizes hipertróficas e queloides com agulhas.
Uma das grandes vantagens deste método é o controle preciso da profundidade de aplicação, já que o mecanismo da máquina de tatuar permite aumentar ou diminuir essa intensidade, os microdepósitos de remédios ativos promovem uma liberação mais lenta no tecido da pele, causando uma melhor absorção e iniciando a ação mais rápida, além de aumentar a duração do efeito, quase não existindo efeitos sistemáticos colaterais.
Os microtraumas causados pela máquina de tatuar ajudam a liberar fatores de crescimento derivado de plaquetas, aumenta os fatores de crescimento endotelial e vascular, ativa as células do Bulge, área com capacidade de reproduzir e estimular novas células.
A partir daí, os tatuadores desenvolverem um papel fundamental para ajudar a aprimorar a técnica que foi associada a assepsia, fisiopatologia e farmacologia e aplicada por dermatologistas que passaram a utilizar o procedimento para tratar queloides e outras lesões na pele de maneira mais eficiente.
Esta nova técnica permitiu criar um novo conceito de tratamento envolvendo um mundo totalmente inusitado: o da tatuagem, essa técnica milenar foi adaptada para realizar tratamentos dermatológicos eficientes através do uso de máquinas e agulhas, até então, desconhecidos pelos profissionais da área médica.
Apesar de existirem outras técnicas para empregar a infusão de medicamentos, como lasers fracionados e radiofrequência fracionada, esses métodos não apresentam igual funcionalidade e eficiência como a microinfusão, pois além de possuírem um custo mais elevado, provocam um efeito térmico que pode ocasionar na dificultação de absorção do medicamento na pele.
Com isso, pode-se afirmar com certeza que o método de microinfusão utilizando máquinas de tatuagem, é o mais eficiente dos tratamentos, pois permeia os princípios ativos na pele de forma muito precisa e eficaz, por um custo acessível, já que não é necessário criar um maquinário para efetuar o tratamento e pode ser realizado com um baixo preço de execução, ainda abre e expande os horizontes para tratamentos dermatológicos terapêuticos.